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Instalações


A instalação “A árvore do conhecimento do bem e do mal”,faz referência a Hegel, quando ele afirma que “ao olhar a árvore se perde de vista a floresta” e ao pensamento de F.G. Herder, que acreditava ser a Alemanha o centro pedagógico da humanidade. Com duas guerras mundiais e a violência pelas paixões ideológicas que a sacudiram durante o século XX, foi inegável o papel de seus escritores, filósofos, artistas e visionários.

Como o fluxo de ideologias que vem do alto, alienando, e oprimindo, a estrutura de papel simboliza a árvore do conhecimento do bem e do mal e sua própria fragilidade, que só tem força enquanto não se conhece a realidade. O jogo de luz e sombra também compõe da instalação. A luz, simbolizando o conhecimento, a verdade que denuncia a mentira; a estrutura de papel simbolizando o discurso mentiroso, alienante e opressor, e as sombras/trevas são  a verdadeira face da mentira. A medida que as ideologias são apresentadas nos três andares da exposição, o visitante literalmente caminha sobre aquela mentira até que os elos vão se partindo e se rompem definitivamente diante da árvore da vida, onde são definitivamente quebrados e pode-se desfrutar a liberdade .

 
 
 
 


A liberdade econômica tornou-se fonte de medo e angústia, levando pessoas a desejarem a fuga por meio de ilusões de “terem” algo ou “pertencerem” a um grupo que lhes fariam sentir menos sós. A alternativa saudável é reconhecer a importância do outro nos vínculos de cooperação e solidariedade. A instalação alude a Erich Fromm, em “o medo à liberdade”, e destaca a compulsão como elemento anestésico para o medo à liberdade e a insatisfação.

 
A Toy “Ovelhas” faz referência ao conceito de Nietzsche sobre a mentalidade de rebanho e a fábula por ele criada para explicar a criação do conhecimento por seres inteligentes e mentirosos que foram extintos. As mentiras e o rebanho, porém, permaneceram e se multiplicaram.
No rebanho de gados, os últimos seguem os primeiros apenas porque eles estão na frente e não atrás. De modo semelhante aos gados, quantos indivíduos acolhem acriticamente as afirmações da massa. Seguem irrefletidamente os critérios da massa para discernir o verdadeiro do falso. Aderem impensadamente aos conceitos da multidão porque imaginam que é melhor acreditar do que examinar – avaliar criticamente.
 










Biografia




Artista urbana e grafiteira. Nasceu em São Gonçalo e vive em Niterói. Começou a pintar em 2002, e a grafitar em 2008.  O eixo temático do seu trabalho nos muros é a força feminina. Nas telas, vemos ainda alienação, coisificação e fetichismo e suas obras promovem reflexões e críticas ácidas  através de fábulas visuais e antropomorfismos. 

Fez Filosofia da Arte Contemporânea (extensão-UFF).Complementa sua formação com cursos como: Seminário de Arte-Educação(UERJ); “Filosofia e Arte Moderna”, curso de extensão- Universidade Federal Fluminense; Pintura Contemporânea no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno; “Arte na Educação infantil”, extensão na Universidade Estácio de Sá; “Elementos da Narrativa Fantástica” –no EMERJ;  Sessões com Davi Coury, e o "Curso Arte brasileira: Uma panorâmica", no Centro municipal de Arte helio Oiticica.

 É idealizadora da oficina de graffitti Philosoffiti, autora/ilustradora da história em quadrinhos Guerreiros de Deus e escreve uma coluna de arte cristã para o blog Púlpito Cristão. Dentre seus trabalhos mais importantes estão os painéis: na Fundação Roberto Marinho, no Teatro Ziembinski, no CEDIM, no 2º e no 3° Kolirius Internacional em Macaé, o painel "Cobra das Tempestades", no Sesc Niterói, a participação no Arte na Faixa, no 4°Baixada Style e a Operação Mais Respeito, em Niterói e a criação do evento Graffiti Evangelista.

Lya Alves começou a grafitar por questões de fé.  Não crendo numa espiritualidade estéril e entendendo que a arte poderia ser a ferramenta para transformar cenários, em 2008 começou o Philosoffiti, uma oficina de graffiti, arte e filosofia em comunidades. A princípio, pintava pin ups inspiradas em Bettie Page, uma metáfora aos jogos de poder, e foi ampliando a técnica e os conceitos , alinhando a poética do graffiti ao seu estilo de vida, utilizando metáforas, simbolismos, crítica social e reflexões filosóficas. 

O realismo é escolhido  fazer o público olhar para o próximo e descobrir a si mesmo. O retrato é a realidade? Um espelho do nosso teatro social? A cópia da realidade? Existe realidade ou vivemos um simulacro? O realismo é escolhido  fazer o público olhar para o próximo e descobrir a si mesmo.  A experiência cromática,entretanto, é o campo emocional  que cria a sensação de imersão na obra, e áreas de vibração dessa energia cromática. A epifania da cor é reação á uma cidade cinza, à vida sem cores, ao horizonte fechado, à nuvem sem chuva, à desigualdade social. 

Quando criança, aprendeu a fazer novos amigos sem dizer uma só palavra:  abria o caderno e desenhava, e de repente, lá estavam os amigos.  A arte sempre foi sua melhor ferramenta de comunicação. A Body Art simplesmente acontece. Uma caneta posca na mão e um insight: "perdi o medo". Lá se vai uma fotografia que registra o subjetivo. Com a  história em quadrinhos Guerreiros de Deus e o Stand up com Jesus vem quebrando preconceitos e abrindo o espaço para o diálogo inter-religioso. O cenário democrático da Modernidade permitiu que as pessoas reivindicassem o direito à diferença, e a preservação desta liberdade de pensamento é preciosa. 

As telas de Lya Alves podem ser vistas em coleções particulares e em instituições onde a artista participou com exposições, no Rio de Janeiro, na Itália, Uruguai e em Portugal. seus graffitis estão em Niterói-RJ e em Belo Horizonte, Minas Gerais e em Osasco, SP. A artista fundou a Intercâmbio Cultural Arts, empresa responsável pelo envio de trabalhos de artistas brasileiros a Portugal, Itália, Japão e outros países através da parceria com a L’Agenzia de Arte (Portugal), Centro Culturale Casatani (Itália) e IAPAJ (Japão). Organizou e produziu intercâmbios culturais como a MundiArt, que ocorreu em 3 edições e reuniu obras de artistas nacionais e internacionais, e realizou exposições na Itália, Uruguai, e Portugal, no Núcleo Português de Arte Fantástica (NPAF).  

Participou de competições em salões de arte e recebeu diversos prêmios por suas telas, dentre eles 2 medalhas de ouro; 5 medalhas de prata; e  1 medalha de bronze. Recebeu medalha de mérito cultural em São Gonçalo,e foi homenageada na Câmara Municipal de Niterói.

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